Il-Ġimgħa, 11 ta’ Diċembru 2009

Externalismo Bidimensionalista

Evans formula assim o Principio de Russell:

(PR) S não pode fazer um julgamento (ou uma predicação) acerca de x se S não for capaz de saber o que é x. (Saber entendido como capacidade de discriminar x suficientemente)

Uma das maneiras rápidas de formular o não-descritivismo quanto a referência é a de negar PR. Posso fazer um julgamento sobre Sócrates apenas sabendo usar a lógica dos nomes próprios - e a cadeia de comunicação, que divide o trabalho de determinar a referência das minhas expressões, fará o resto do serviço. Analogamente, Kaplan diz que eu preciso apenas conhecer a lógica dos demonstrativos para poder usar, referindo, termos como "aqui".

Evans, e uma tradição bidimensionalista inspirada por ele, estaria pronto a negar uma versão mais fraca do Princípio de Russell:

(PR') S não pode comunicar um julgamento (ou exprimir uma predicação) acerca de x se S não for capaz de saber o que é x. (Saber entendido como capacidade de discriminar x suficientemente)

Ou seja, o caminho é entregar os anéis da comunicação aos revolucionários não-descritivistas (aceitar a negação de PR') e manter os dedos do pensamento (manter PR). Aqui a estratégia de negociação teria que negar também a seguinte tese sobre a relação entre comunicação e pensamento:

(CP) Quando S comunica p, S pensa (ou é capaz de pensar) p.

A negação de CP, que permite que se negue PR' e se aceite PR, é uma tese que tem também um sabor externalista (como a negação de PR). O externalismo bidimensionalista (talvez como o externalismo fregeano) é um externalismo que retém um elemento de pensamento como tendo que satisfazer ao requisito do contato congnitivo como seu objeto. Vão se os usos, fica a estrutura profunda do conteúdo de pensamento.

E isso?

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